domingo, 24 de janeiro de 2010

Sobre um filme nada exausto.

Pode ser puxa saquismo de irmã, mas o post da Rache sobre exaustão ficou genial. E ela tem razão: tenho dois top exaustos na minha lista mas acho que escolhi o vencedor. Enfim, vocês não precisam ficar sabendo da minha exausta infelicidade em conhecer gente exausta. Que tal falarmos sobre coisas nada exaustas? Tipo filmes bons com caras gatos? Hein? Hein? Okay. Tem mulheres bonitas também. Vamos lá.



Se você ainda não viu esse filme, VEJA. AGORA. "Dublê de Anjo" (ou "The Fall", no original) foi um desses filmes que eu não fazia ideia de como terminaria. Eu só tinha conseguido ver um pedacinho dele um dia, bem no final, com a garotinha russa Alexandria falando dos filmes que ela veria o amigo Roy, e pensei "mas que diabos de filme é esse? Tenho de ver inteiro". Pela descrição pensei que fosse chorar do começo ao fim. Realmente, dá vontade. O cenário é deprimente: a menininha de braço quebrado por conta de um trabalho na lavoura faz amizade com um dublê de filmes suicida e deprimido. Por puro interesse (não digo qual, vejam o filme!) ele começa a contar histórias para ganhar a confiança da pequena. Mas à medida que a imaginação da menina vai dando vida ao que ouve, ela os envolve na narrativa e há momentos que você não sabe o que ela está sentindo e o que é apenas história. Essa é a graça. Tem uma cena, no final, e o diálogo que rola é mais ou menos o seguinte:

- Por que você está matando todo mundo, Roy? Por que?
- Porque essa é minha história.
- É minha também!

O modo como ela toma a história para si e o faz prometer que teria um final feliz provoca uma mudança no próprio Roy. Como diz o próprio subtítulo, "uma pequena bênção disfarçada". De repente, vale a pena continuar vivo. De repente vale a pena deixar os dois bandidos vivos.

Now for the good part: cute guy.

Já sabia quem era Lee Pace pelo "Pushing Daisies". Como Ned sempre o achei meio bobinho e quando vi que ele seria o protagonista desse filme...bem, pensei que ele também fosse ser bobinho. Ele tem cara de bobinho. De bonzinho. De fazedor de tortas.
Putz, o cara quebrou minhas pernas. Cadê o sorriso de "oi, eu faço tortas e revivo gente com meu indicador"? Cadê a ingenuidade? CADÊ? Tudo que eu vi ali foi uma pilha humana de depressão, bebida, raiva e olhos injetados de sangue. Levantei e aplaudi metalmente. Erro meu ter julgado o livro pela capa. Esse cara fez de tudo um pouco. Entrou pra lista de top maridos/atores.





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